Drs. Daniel Sigulem e Nestor Schor


Os antipsicóticos podem aumentar o risco de morte prematura em pacientes com demência, mais do que se pensava.

21/03/2015 12:14

Os antipsicóticos são medicamentos amplamente utilizados para tratar a delírios, alucinações, agitação e agressão que ocorrem em muitas pessoas com a doença de Alzheimer e outros tipos de demência. No entanto, o Food and Drug Administration (FDA) dos EUA adverte que as drogas antipsicóticas tem um risco significativo de efeitos colaterais e aumenta o risco de problemas cardiovasculares e morte prematura em pessoas com demência.

Em novo estudo com duração de 1998 a 2014, os pesquisadores examinaram dados de cerca de 91 mil veteranos norte-americanos que estavam com mais de 65 anos e tinham demência. Aqueles que tomaram antipsicóticos (haloperidol , olanzapina, quetiapina, risperidona, ácido valpróico e seus derivados ou um antidepressivos eram mais propensos a morrer mais precocemente. Mais ainda, o risco de morte prematura aumenta proporcionalmente à dose do medicamento.

Um dos autores, Dr. Donovan Maust , um psiquiatra da escola médica da Universidade de Michigan em Ann Arbor, disse em um comunicado de imprensa da universidade: "os danos associados com o uso dessas drogas em pacientes com demência são claras, mas os médicos continuam a usá-los".

https://archpsyc.jamanetwork.com/article.aspx?articleid=2203833

Nosso comentário: O problema não é trivial, uma vez que pacientes com Alzheimer ou outras formas de demência, às vezes apresentam fases alucinatórias, alterações violentas de comportamento, para as quais a solução são as drogas antipsicóticas.

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